sábado, 22 de janeiro de 2011

Madrugada, no meu lugar.





O que realmente motiva as pessoas diante de certas atitudes? Em  algum lugar da  história isso já foi alvo de diversas pesquisas científicas, no entanto é algo totalmente inexplicável; não se pode compreender o que é incompreensível. Atitudes são apenas conseqüências de um longo e doloroso processo interno de auto-explicação, estando ligadas diretamente a atividades neurológicas. Sim, neurológicas, o coração não pensa, afinal, o fato de “você está em meu coração” é a metáfora mais sem fundamento que existe. O coração é um músculo que bombeia o sangue para todo o nosso corpo e deve ser por esse nobre motivo que ele ocupa a posição real do nosso cérebro. Não é ser frio, apenas realista. 
O fato desse texto ter mudado subitamente para a primeira pessoa foi algo inesperado. Eu não esperava desabar em opiniões diretas e objetivas dessa forma. Mas pergunto como posso desprender tantas ramificações de pensamentos tão rapidamente? Me perdendo por entre eles de uma forma mais inesperada ainda? Era de se esperar que isso não ocorresse, uma vez que são os “meus” pensamentos e teoricamente eu teria pleno controle sobre eles.
Mesmo não delineando o assunto de uma forma objetivamente clara, acabei focando no assunto inicial e acidentalmente respondendo a principal pergunta: as atitudes surgem assim, como um texto escrito sem roteiro, como desabafos, como se as pontas dos dedos associadas a um pensamento rápido e aparentemente emocional dessem forma, quase que sem querer, a um turbilhão de sentimentos irracionais. As atitudes nada mais são que rascunhos que não tiveram tempo de serem passados a limpo.

sábado, 15 de janeiro de 2011

As coisas do nome ou simplesmente chame do que quiser.

Escrever é bem engraçado. Corrigir a pontuação, a concordância e até mesmo a  própria discordância. Suavizar ou radicalizar o texto, deixá-lo enxuto ou por vezes seco. Procurar o assunto é quase uma guerra interna de pensamentos divergentes convergindo para um único ponto: a ponta dos dedos que digitam ou transcrevem. 

E quando as palavras somem? E quando texto some? E quando a criatividade não flui? Tentamos então lembrar o nome das coisas e as coisas do nome. Passamos e-mails, fax, mensagens por telefone. Um fim trágico: nos esquecemos ou simplesmente não queremos lembrar. Nem sempre as palavras fogem da gente. Às vezes somos nós que fugimos delas. E explicar o porquê renderia outro post tão desconexo quanto esse.